Acordei bem, mas sem saco.
Mas fui à feira.
Escolhi várias frutas, tentando ser saudável.
2024 tá na porta, mas os planos devem ser colocados em prática ainda neste ano. Foi o que vi em algum post do Instagram.
Depois de separar todas as frutas naquelas cestinhas daquele material que eu não lembro o nome, mas que parece saudável, reciclável e natural, passei a mão na sacola imaginária feita de algum material saudável, reciclável, natural. Puta que pariu, esqueci este caralho em casa.
Ah, foda-se essa merda.
Ficarei saudável hoje com as frutas. Da saúde do mundo eu cuido depois.
— Tem sacola aí? Perguntei pra seu Flávio.
— Só tem saco, visse?
— Serve, valeu.
E tem diferença?
Coloquei as frutas no saco, e fui pra casa.
O único saco que eu tive, o dia inteiro, foi aquele.
Entre músicas e reflexões
escolhi as duas (eu acho)
Todo final de ano é uma correria. Mesmo que a gente se planeje. Mesmo que tivesse pouca coisa no planejamento.
Se estiver sem saco, há 2 centímetros de mandar todo mundo pro inferno, repense. Medite.
Ou espere estar sozinho em casa, trancado no quarto, e solte todos os palavrões que vier. Os piores. Em voz alta. Todos juntos, formando uma frase gigante. Dê ênfase. Interprete. Encha a boca e bote tudo pra fora.
Depois, saia do quarto e coloque essa música na sala e absorva: o que não tem remédio, remediado está — já diria meu avô.
Inspiração do Azulejo
Sem saco pra falar disso hoje.
Um abraço, e até a próxima quarta-feira.
Genial!