Mais um dia corrido, sob chuva, no meio do engarrafamento. Mais um dia meio atrasado, meio com sono e sem vontade de seguir o mesmo percurso.
De dentro do carro, as notícias tocavam na rádio. De fora, os outros motoristas tocavam uma sinfonia de buzinas.
Tudo caótico, nada novo.
Acelerei um pouco. Não deu tempo de passar no sinal. Mas ela passou.
De botas galochas, guarda-chuva vermelho e uma cara amarrada. Mas estava linda.
Pensei que aquela não poderia ser a cara de sempre. Eu também ficaria estressadíssimo pegando chuva, com vento e a pé.
Apesar de tudo isso, naquele instante, o tempo parece que passou mais devagar, a chuva caiu mais lentamente e meu foco focou só na moça bonita.
Dizem que eu me apaixono rápido, mas a vida não é efêmera?
Entre músicas e reflexões
escolhi as duas
A crônica curtinha de hoje é uma abertura para a seguinte reflexão: passaram a vida nos dizendo que tudo o que presta, dura. O que não dura, não presta.
E passamos anos e anos vendo exemplos disso, nas mais variadas áreas da existência. “Geladeira de hoje em dia não presta, se acaba logo”. “Fulana acabou o namoro em 2 meses, não prestou”.
Essa lógica pode até fazer algum sentido, principalmente porque quando passamos muito tempo ouvindo a mesma coisa - e isso acaba se tornando realidade.
Mas eu te convido a questionar.
Se a vida é breve, por que os instantes são desprezados?
Saiba que, se durou pouco, não é menos importante, ou menos bom, ou menos valioso.
A gente pode se apaixonar em uma festa e ser intenso. Pode entrar em transe ouvindo uma música massa de apenas 2 minutos de duração. E AQUELE beijo, que você bem lembra… Não durou 3 anos, mas foi mágico, né?
Da Terra não levamos nada, mas se tem uma coisa da qual nos lembramos pra sempre são justamente os instantes mais breves. Aproveite cada uma deles.
Sobre a música, vale ouvir. Tenho quase certeza que você nunca ouviu falar dela (nem da banda que toca ela).
Mas nosso amor foi um GIF
Um click
Um flash
Foi ligeirin'
Foi pá-pum, (Pá-pum), (Pá-pum)
Inspiração do Azulejo
Esse Azulejo realmente surgiu das profundezas do meu subconsciente, que cutucou meu consciente e ele me ajudou a escrever.
Segunda-feira foi meu aniversário de 1/4 de existência - porque tenho a plena certeza de que viverei 100 anos. Por isso, talvez, tenha ficado reflexiva sobre o tempo, os momentos e a brevidade da vida.
Bem, se você não sabe, eu amo meu aniversário - e se você quiser comemorar à distância, pode até me fazer um pix, mas prefiro que você encaminhe este ou outro Azulejo para alguém, convidando essa pessoa para assinar a news mais azulada da internet. É só clicar no botão abaixo.
Quer mesmo mandar pix? Tá bom. A chave é luanaaladiml@gmail.com
Se quiser papear por lá também (assim como faziam os incas), estou à disposição.
Um abraço e até a próxima quarta.